
Existem ou não seres do outro mundo, fora do nosso planeta Terra? A questão é, no mínimo, inquietante. Os mais céticos acham que isso é papo de louco. Há aqueles que creem em vidas espalhadas pelo universo, mas não acreditam em contato com os seres humanos. O complexo assunto já foi tema de diversos debates e inúmeras reportagens com as mais variadas opiniões a respeito.
“Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço” – Carl Sagan, astrônomo e biólogo norte-americano.
O universo é formado por 100 bilhões de galáxias, cada uma composta de 100 bilhões de estrelas, muitas delas ou quase todas poderiam ter planetas. O fato mais instigante é que, no último ano, o diretor do observatório astronômico do Vaticano, padre José Gabriel Funes, afirmou que Deus pode ter criado seres inteligentes em outros planetas do mesmo jeito como criou o universo e os homens. “Isso não contradiz nossa fé porque não podemos colocar limites à liberdade criadora de Deus”, disse o padre em entrevista ao jornal L’Osservatore Romano, órgão oficial de imprensa da Santa Sé, e publicada pela BBC. Segundo o diretor, estudar o universo não afasta, mas aproxima de Deus porque abre o coração e a mente e ajuda a colocar a vida das pessoas na ‘perspectiva certa’.

Edi Patrícia Pereira de Campos é professora, cromoterapeuta, radialista e pesquisadora do tema desde muito nova. Segundo ela, extraterrestres existem e são de várias raças, oriundos de dimensões tridimensionais (físicas) e/ou de outras realidades paralelas mais evoluídas e mais sutis, trazendo objetivos variados.
Com base na resposta de milhares de depoimentos de pessoas contatadas, Patrícia contou que são vários os objetivos que os trazem à Terra. “Alguns são voltados a áreas genética (DNA, implantes, chip, cirurgias etc), outros à fauna e flora e outros ao entendimento das atitudes e comportamento no campo das emoções/afetividade dos terráqueos”.
O objetivo de cada grupo reflete o grau de evolução em que se encontram. “No primeiro caso os contatos são mais hostis, pois geralmente acontecem com as famosas abduções, pelos seres serem adiantados tecnologicamente, mas ficam a desejar na evolução espiritual”, exemplificou Patrícia.
No segundo caso, os contatos são mais de ‘avistamentos’. “As testemunhas relatam ver o objeto pairando sobre plantações, grutas e gados. Eu entrevistei um guarda florestal na Serra do Cipó (MG) que por noites via um objeto luminoso flutuando sobre o cerrado e disse que viu dois seres de macacão branco e luminoso saindo de dentro do objeto voador oval e colhendo flores antes de voltar ao ‘prato voador’, como ele mesmo assim descreveu”, relembrou.
“Acreditar que estamos sós é o mesmo que supor que, em um campo semeado, apenas uma semente germinará” – Metrodor, pensador grego.
Já o terceiro caso apresenta um contato mais tranquilo e de expansão cosciencial. “Uma vez que os seres observam, ou até se comunicam telepaticamente, enviando mensagens, mas sem interferirem no livre-arbítrio dos seres humanos. O relato das testemunhas traz seres de rara beleza, os quais foram confundidos no passado com deuses e anjos. No entanto tudo isso ainda é pequeno demais para entender ou querer catalogar todos os objetivos e os tipos de contato, de 1º, 2º, 3º, 4º... grau”, adiantou a pesquisadora.
As visitas dos supostos vizinhos planetários existem há milhões de anos. “Existem registros, como pinturas rupestres, pergaminhos, pegadas de botas em época jurássica, esculturas medievais em forma de nave espacial, desenhos como os de Nazca, crânios de cristal (encontrados soterrados) com tamanha perfeição que a tecnologia atual não conseguiu reproduzir, desenhos geométricos perfeitos nas plantações de trigo”, citou Patrícia, acrescentando que estes materiais foram analisados de forma minuciosa por pesquisadores, arqueólogos, biólogos e historiadores que chegaram à conclusão que seres inteligentes extra-Terra visitam o planeta desde os primórdios da civilização.
Patrícia disse que todos os dias há relatos de alguém que em algum lugar do planeta avistou, filmou ou fotografou algum OVNI (Objeto Voador Não-Identificado) ou um OVBI (Objeto Voador Bem-Identificado), um verdadeiro disco voador. “É preciso análise criteriosa, sensata e honesta dos fatos”, alertou. Ultimamente, os depoimentos chegam de países do oriente, como a China, mas o Brasil é um dos recordistas de ‘avistamentos’, principalmente no Norte e Nordeste, interior de Minas Gerais e São Paulo, bem como a baixada santista, a Ilha de Marajó e o Jalapão.
No ponto de vista de Patrícia, atualmente o assunto tem deixado de ser “papo de louco” para fazer parte dos mais conceituados programas de TV a cabo e até das pesquisas dos astrônomos do Vaticano, como citado no início da reportagem. “O assunto tem sido tratado com mais abertura principalmente depois que a mídia traz depoimento de ex-cosmonautas, pilotos, autoridades, pessoas famosas e gente humilde relatando seus ‘avistamentos’ e contatos”, disse. A liberação de inúmeros arquivos antes secretos por parte da FAB (Força Aérea Brasileira) deu aos congressos de ufologia uma nova e ampla dimensão. “Os filmes que abordam a física quântica, como no caso ‘Quem Somos Nós’ mostrando as realidades paralelas, abriu a cabeça de muita gente. Isso nos elucida o quanto é óbvio que a vida inteligente (seja no mundo físico ou no sutil) pulsa por todo o cosmo”, completou.
A entrevistada contou que viveu várias experiências, tanto no campo físico como no plano extra-físico (projeção fora do corpo físico com consciência). “No plano físico presenciei avistamentos e fiz algumas filmagens inclusive em infra-vermelho, em Serra do Cipó, Mato Grosso do Sul, Alto Paraíso de Goiás, Iturama, Campinas, Itatiba, entre outras localidades”, declarou. Em 1978, em Serra Negra, ela avistou OVNIs e OVBIs em baixa altitude, podendo inclusive ver as “janelas arredondadas do veículo voador”.
“Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia” – William Shakespeare
Porém, sua experiência mais marcante ocorreu nos anos de 1993 a 1996, em Itatiba. “Fui contatada por Ashtar Sheran – um ser cósmico-angelical que é ‘comandante das frotas de naves espaciais em nosso quadrante’. A experiência foi fora do meu corpo físico, mas fotografei a ‘nave em energia sutil’ que visitei, a qual se plasmou por alguns segundos para poder sair na fotografia. Foi maravilhoso, transcendente!”, relatou a pesquisadora que afirma não ter medo deste universo ainda desconhecido. “Cada vez mais só enxergo a perfeição divina, cósmica, sideral em tudo”, explanou.
Patrícia deixa claro que não acredita em todos os casos. “Se acreditasse em tudo, estaria partindo para a ufolatria, o fanatismo, coisa que jamais pode acontecer quando se pesquisa seriamente. Existem muitos casos reais. Ao meu ver, o de Varginha e o Caso Roosevelt são dois exemplos disso. Mas, infelizmente, existem muitas invenções e casos ainda não explicados à luz da ufologia”, alertou.
A estudiosa também esclareceu que a ufologia ou oviniologia não é uma ciência. “É um estudo, uma área de pesquisa que busca por respostas sobre a existência dos OVNIs e OVBIs seja no cosmo ou em visita ao nosso planeta”, esclareceu. “Pesquiso e estudo o tema há trinta anos com muito discernimento: com os pés no chão, os olhos no horizonte e a mente nas estrelas”, declarou. “Almejo o dia em que não mais precisem existir congressos para provar esta realidade, quando já fará parte da vida cotidiana das pessoas que livremente saberão que não estamos sós em meio às infinitas moradas do Pai”, finalizou Patricia.
“O que é mais assustador? A ideia de extraterrestres em mundos estranhos, ou a ideia de que, em todo este imenso universo, nós estamos sozinhos?” – Carl Sagan.
Termina amanhã a XIV edição da série Diálogo com o Universo, evento realizado em Curitiba, Paraná, promovido pelo Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), em junção à VIII Conferência Nacional para Corpo, Mente e Espírito, com a participação de conferencistas nacionais e internacionais. Mais informações a respeito podem ser obtidas através do telefone (41) 3324-0805 ou pelo e-mail npubrasil@gmail.com.
http://www.ji.com.br/eda/15102009/editoriais/ced.htm